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  • Foto do escritorAriel Farias

SUDESTE ASIÁTICO 33º Dia - Voltando pro Brasil (06/12/2016)

Conforme combinado, 5h00 já estávamos prontos aguardando o transfer para o aeroporto de Krabi. A Juliana queria comprar comida pra fazermos nosso desjejum num 7eleven (já que a maioria dos 7elevens na Tailândia funcionam 24 horas), mas fiquei com medo de perder o transfer e não topei. Sem transito neste horário, 6 horas já estávamos no aeroporto, sendo que nosso vôo sairia somente às 8h30. Quase 3 horas em jejum, chegou uma hora que a Juju começou a ficar enjoada, então acabamos tendo que comprar um pastel e um café pelo dobro do preço no aeroporto (que ainda assim é mil vezes mais barato que o preço normal em supermercado no Brasil).

O voo de Krabi para Bangkok leva um pouco mais de uma hora. Uma outra opção muito mais legal é fazer este trajeto de trem, só que demora umas 15 horas e nós não tínhamos mais esse tempo sobrando, além de ser bem mais caro também.

Descemos no aeroporto Don Muenang, o aeroporto menor de Bangkok que recebe os vôos das companhias low cost como os da Air Asia, um pouco depois das 9h, e nosso vôo de volta para o Brasil sairia somente às 2h da manhã do outro dia. Como não queríamos ficar passeando com as mochilas e mais dinheiro e passaporte à tiracolo, resolvemos passar o dia num lugar que desse pra ficar sossegado, e o lugar escolhido foi: O shopping MBK!

O Shopping MBK, como já mencionado no post que relata a nossa visita no inicio da viagem, possui o "tourist lounge" um lugar repleto de sofás e praça de alimentação que se você quiser pode passar o dia inteiro lá atirado, além de um guarda-volumes grátis para as mochilas.

Pra chegar lá, pegamos na frente do Aeroporto um ônibus de linha comum (Linha 29), aqueles que custam 11 baths, que nos levou até o mercado Chatuchak, onde poderíamos pegar o metrô de superfície na estação Mo Chit. O ônibus foi lotado de mochileiros fazendo o mesmo trajeto, então foi bem fácil saber onde descer e dessa vez não nos expulsaram do ônibus antes da nossa parada que nem na última vez hehehe. De lá pegamos o metrô até a estação do Estádio Nacional e rapidinho já estávamos no Shoping MBK.

Guardamos nossas coisas no Guarda-volumes e passamos o dia ali no shopping então, aproveitando para comprar mais algumas lembrancinhas, uns potes a mais de Tiger Balm, Juju aproveitou para fazer as unhas, lembrando que o Shopping MBK é tipo um camelozão, com a maioria das lojas (ou seriam bancas) com produtos de procedência duvidosa e preços tão ou mais baratos que nas lojas de rua.

Estoque de Tiger Balms

A ideia era gastar o dinheiro que sobrou naquela tarde, mas, além de ter sobrado muito dinheiro, não somos consumistas o suficiente para isso hehehe. Além do que, nossas mochilinhas já não cabiam mais nada e, além disso, para comprar qualquer coisa na Tailândia tu tem que gastar uma boa lábia pechinchando, e nós já estávamos cansados demais pra isso.

Depois de rodar pelo Shopping já umas diversas vezes, a ponto de já decorar as lojas dos 8 andares do local, se retiramos para o Tourist Lounge para descansar.

Numa certa hora do dia, apareceu umas estudantes tailandesas para nos entrevistarem para um trabalho de marketing que estavam fazendo no Shopping. Muito divertidas, acharam muito engraçado quando tentei algumas palavras em tailandês com elas.

Próximo das 21h horas, cabisbaixos, pegamos nossas mochilas no guarda-volumes e fomos caminhando para a estação do metrô de superfície pegar o metrô em direção ao Aeroporto, a viagem ia chegando ao fim. Olhando para a rua movimentada nos arredores da estação (pois era um domingo), cheio de barzinhos e banquinhas de comida lotados, ficamos ainda mais depressivos, com uma imensa vontade de esquecer o voo, pegar uma Chang pra tomar e ir ali praquelas ruas.

Loucos para esquecer o voo e ficar em Bangkok para sempre!


Como chegamos cedo no aeroporto Suvarnabhumi, pudemos conhecer um pouco mais do terminal de embarque, gigantesco, bastante bonito com decorações típicas tailandesas como o "cabo-de-força com a cobra" (explicado melhor no post que visitamos o museu nacional do Camboja) e as estátuas dos guardiões, imitando os que tem no Gran Palace.

Decoração do Aeroporto de Suvarnabhumi

Aproveitamos também para comer as últimas guloseimas do 7eleven que estavam nas nossas mochilas, entre elas um petisco (salgado? doce?) de mango seco com molho de peixe picante que a Juliana adorou!

Petiscos bizarros do 7Eleven


Às 2h da manhã, partiu nosso avião rumo ao Brasil. Nos despedimos do Sudeste Asiático. Faríamos ainda uma conexão em Adis Adebba na Etiópia e em Lomo no Togo, totalizando quase 30 horas de viagem antes de chegarmos em São Paulo, mas que, pela "mágica" do fuso horário, chegaríamos no mesmo dia do embarque, à tarde. Demos sorte pois ficamos sabendo que no aeroporto da Etiópia, a partir do outro ano (2017) começaram a fazer uma inspeção detalhada de rotina em todos os passageiros que passassem por lá com passaportes "não europeus", incluindo nesta inspeção tu ter que defecar (é isso mesmo que você ouviu!!), de porta aberta na frente de um oficial para verem se tu não está levando drogas no estomago. Obviamente essa prática foi muito condenada por diversas representações diplomáticas de diversos países, mas, pelo menos até 2019 ainda estava sendo realizada com todos os passageiros não europeus (hoje em dia não fiquei sabendo mais se ainda ocorre).

Embarcando em Adis Adeba

Em São Paulo, chegamos a tempo ainda de ver à noite o Grêmio Campeão da Copa do Brasil após mais de 15 anos sem títulos! Um final apoteótico para nossa aventura!! E assim terminou a nossa viagem pelo Sudeste Asiático. Uma viagem muito especial que ficará marcada para sempre.


Fiquem ligados, em breve, novos relatos das nossas outras viagens pelo mundo!!!


Agradecemos quem deixar comentários, dizendo se gostou do relato, se não gostou, se achou enrolado demais, se gostaria que os posts fossem mais reduzidos, que tivessem mais fotos, mais informações, menos informações. Esperamos do fundo do coração que você tenha se divertido com a leitura e que tenhamos inspirado você a viajar também e conseguido mostrar que viajar não é um bicho de 7 cabeças, pelo contrário, viajar expande os nossos horizontes, muitas vezes é mais barato do que ficarmos na nossa cidade e, nos dias de hoje, em que o discurso de ódio tem se sobressaído à tolerância e o fascismo se faz vivo e ativo em diversos países, é uma atividade essencial para que possamos conhecer e respeitar o "outro", desenvolvendo nossa empatia e humanidade. Obrigado por lerem!


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