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Foto do escritorAriel Farias

SUDESTE ASIÁTICO 3º Dia - Domingo em Bangkok observando as homenagens ao Rei (06/11/2016)

Atualizado: 12 de jan. de 2020

Domingo em Bangkok. Hoje a programação era conhecer alguns templos budistas da cidade, o que sempre foi um dos nossos principais motivos para visitar a Tailândia. Pesquisamos bastante sobre os templos de Bangkok e, como é impossível, mesmo pra quem vive aqui, conhecer todos, visto que são milhares, elegemos os que pensávamos ser os mais interessantes e de mais fácil logística, visto o nosso pouco tempo na capital tailandesa e nossa aversão em pegar táxis. Dessa forma, nossa meta do dia era conhecer o templo do grande buda em pé, ou Wat Intharawihan, e o templo de mármore (Wat Benchamabophit). O leitor mais atento deve ter percebido que wat em tailandês significa templo (se você leu todos os posts até aqui, já sabe agora duas palavras em tailandês!). Também estava programado para assistirmos uma luta de Muay Thai no Estádio Ratchadamnoen, o segundo mais importante de Bangkok, mas devido a morte do rei duas semanas antes, todos os eventos no país foram cancelados por um mês. Aqui cabe fazer um parenteses importante para falar sobre a monarquia da Tailândia. Sim, a Tailândia é uma monarquia, com o trono passando de geração em geração. Quanto ao governo executivo, desde 2006 o mesmo é comandando por uma junta militar, empossada depois de um golpe de Estado. Porém, na Tailândia o rei é considerado quase como um deus, tanto que ambos governos democráticos ou autoritários sempre respeitaram a figura do rei e em nenhum deles nunca se questionou a abolição da monarquia. Embora como nas demais monarquias do mundo contemporâneo o rei não tenha um poder decisório significativo, este é um símbolo de unidade nacional, figura respeitadíssima, sendo inclusive crime inafiançável "falar mal" do rei ou desrespeitar imagens deste, incluindo amassar notas de dinheiro (visto que todas tem a imagem do rei) ou mesmo pisar em moedas no chão.

Este respeito e admiração ao rei pareceu para nós uma coisa natural, não imposta, acredito que principalmente porque o rei à época, Bhumibol Adulyadej, que esteve no poder desde 1946, era uma figura muito carismática e colocava ele próprio diversas políticas públicas em prática, sempre visitando comunidades periféricas em situação de vulnerabilidade, levando alimentos, dando entretenimento para crianças carentes, acompanhando campanhas de vacinação etc. Inclusive o mesmo conseguia, por sua popularidade, ser um contraponto aos governos militares que permearam o Estado tailandês nos seus 70 anos de reinado, conseguindo frear diversas medidas autoritárias que seriam postas em prática.

Bhumibol Adulyadej foi o segundo monarca mais longevo da história, ficando atrás apenas de Luís XIV da França. Ele ascendeu ao trono tailandês em 1946 e reinou por mais de 70 anos, até sua morte em 2016.

Diante disso, sua morte em 2016 foi uma das maiores tragédias para o país, que imediatamente decretou estado de luto por um ano, sendo que no primeiro mês muitos serviços e lojas foram fechados para prestar suas homenagens ao rei e o entretenimento local (não o para turistas) foi proibido também (mesmo na Khao San Road dizem que na primeira semana muitos bares permaneceram fechados). Ah, toda população também foi convocada a andar de preto pelas ruas e, realmente, todos tailandeses na rua estavam vestindo preto, inclusive nós, por respeito, tentávamos sempre andar de preto em Bangkok.

Não preciso dizer que a morte do rei duas semanas antes de embarcarmos nos deixou putos. Pensávamos que isso iria estragar toda nossa viagem, já pensava até que isso aí era olho grande que tinham botado na nossa primeira viagem pra fora do continente, enfim, entramos numa bad, mas no fim deu tudo mais que certo, dou mais detalhes depois.

Voltando ao nosso roteiro do dia, fomos então em direção ao terminal de ferrys para pegar o barco rumo ao norte da cidade. No caminho, paramos em um 7eleven para tomar um café da manhã e descobrimos o que seria o nosso café da manhã favorito de toda a viagem: um sanduíche de salsicha (a salsicha da Tailândia tem um gosto muito bom, bem diferente do brasileiro), um café daqueles prontos solúveis da Nescafé e mais um doce, tipo um bolinho, um rocambole doce ou um saquinho de manga desidratada com pimenta (sim, é bom!). Um pra cada um disso tudo sempre dava em torno de 80 baths (8 reais!) e desde então o 7eleven, que já era nossa loja favorita até então, passou a ser o nosso deus (kkkk).

Café da manhã no 7eleven: pão com salsicha, café e doce de banana.

Chegamos no terminal de ferrys, que ficava a uma quadra do nosso hostel e fomos pegar nosso ferry, que na Tailândia é um transporte público como outro qualquer, parando em diversas paradas percorrendo o Rio Chao Phraya (um rio que cruza quase toda a Tailândia), e com o custo de 14 baths (1,40 reais). Ficamos pensando porque no Brasil não se investe mais neste tipo de transporte em cidades que possuem rios navegáveis as cruzando? Aqui em Porto Alegre mesmo a cidade é costeada por um rio que podia muito bem possuir um ferry que percorresse a costa como um ônibus de linha. Uma das respostas, pelo menos aqui na cidade, envolve a máfia dos ônibus. Lembro que quando se quis implementar um ferry (aqui chamamos de catamarã) que cruzasse o Rio Guaíba em direção à cidade de Guaíba, que fica na outra margem, a licitação choveu de impugnações e mandatos de segurança impetrados pela empresa que faz este transporte de ônibus pela ponte que liga as duas cidades. Só depois de muito tempo conseguiu-se colocar em funcionamento o catamarã, porém só dois barcos fazem a travessia diariamente, a um valor absurdo de 10 reais, e ainda parece que a empresa vencedora da licitação é uma subsidiária da mesma empresa de ônibus que fez de tudo para embargar o projeto.

Ferry Boat e sua bonita vista do Chao Phraya

Mas voltemos à Bangkok! Havíamos lido que a linha laranja de ferrys era o "pinga-pinga", portanto a mais barata, e foi esta que pegamos. Fizemos aquela cara de espanto pela barateza do negocio e seguimos até a estação Tha Phra Chan, esta uma estação mais "gourmet", com um mini mercadinho, várias lojas de comidas e locais tentando te empurrar passeios ou oferecendo serviços de guia pelos templos, mas de forma bem discreta, acho que pela morte do rei. No caminho, passa-se por pontes muito bonitas e modernas, vários templos na beira do rio, incluindo o templo Wat Arun, um dos principais de Bangkok, ponto turístico principal para subir e apreciar o por-do-sol, porém infelizmente o mesmo estava fechado para reforma naqueles dias.

Descemos na estação e seguimos por uma rua costeando o rio. Passamos por uma espécie de shopping a céu aberto, meio chique, onde havia vários estudantes uniformizados tirando fotos, acredito que para uma formatura (mais tarde descobrimos que havia estudantes por toda a cidade tirando fotos pra isso). No shoppinzinho curtimos o deck a beira do rio, comemos uma comida estranha japonesa, bolinhos de polvo (takoyaki) e tomamos uma raspadinha azul (blue lagoon), que é bastante apreciada entre os jovens, principalmente no verão. Ainda estávamos com receio da comida tailandesa, então preferimos não arriscar muito.

Shoppinzinho a beira do Chao Phraya; Deck com vista para o rio; Takoyaki e Raspadinha de Blue Lagoon


Seguimos então até uma grande área aberta gramada, um parque chamado de Sanam Luang, todo cercado e que mais tarde se edificou o crematório real. Esta é uma área bem conhecida (onde foi filmada uma das cenas do filme Dragão Branco do Van Damme) onde os tailandeses vão para praticar esportes, fazer piquenique e passear, ficando ao lado do Gran Palace, e onde se obtém uma vista muito bonita. Neste dia porém, estava rolando uma grande homenagem à morte do rei, com telões, desfiles e apresentações musicais na praça. Até era permitido a entrada de estrangeiros, mas a grande maioria era de tailandeses, todos vestidos de preto. A rua ficava fechada e para entrar era necessário mostrar passaporte o que, por sorte, eu possuía uma cópia no bolso.

Ruas lotadas de tailandeses vestidos de preto e apresentação musical com a imagem do rei ao fundo


Ao passar pelas gurias que estavam na catraca que dava acesso à área do parque, as mesmas quando viram que eramos brasileiros abriram um sorriso, disseram que na Tailândia adoram brasileiros (na época, apesar de já ser em 2016 após o golpe, ainda não tínhamos um governo fascista no poder, não sei se hoje elas ainda pensam assim kkkk). Pelo caminho ainda ganhamos gratuitamente uma sacola com uma fruta estranha que até agora não sei o que é, uma espécie de bergamota com casca dura mas menor e com um gosto bem diferente, mais doce, e várias garrafinhas de água pelo caminho.

A tal frutinha que estavam distribuindo

Nessa hora todo aquele medo que tínhamos de que a morte do rei estragaria a nossa viagem se mostrou infundada. Pelo contrário, vivenciamos um momento único na história da Tailândia, uma experiência incrível acompanhar toda a movimentação e observar a devoção do povo tailandês ao seu rei. Bhumibol que me perdoe, mas sua morte acabou sendo um ponto alto da nossa viagem.

Nos demos também o título de "turistas respeitosos", pois sempre tratávamos de andar de preto nestes lugares, não rir, e não tirar fotos que desrespeitassem as imagens do rei. Enquanto isso, víamos tristes e horrorizados vários gringos dando gargalhadas perto das imagens do rei e tirando um monte de foto das pessoas prestando sua homenagem, ainda por cima sempre com suas roupas coloridas estampadas, muitas vezes usando bermuda.

Auto-retrato pintado do nosso Rei

Continuando a caminhada, compramos numa vendinha mais uns potes de Tiger Balm (outro motivo pelo qual viemos para a Tailândia hehehe) e passamos pela frente do Museu Nacional da Tailândia. A princípio ele não estava no nosso roteiro devido ao curto tempo, mas como ainda era cedo, por volta de 11 da manhã e a entrada nele (assim como a maioria dos templos da Tailândia) estava gratuita por causa da morte do rei (salve Bhumibol), resolvemos conferir.

Museu Nacional da Tailândia

O Prédio do museu é uma atração por si só. Tem a arquitetura de um templo budista, vários prédios por sinal, e dá um panorama de toda a história da Tailândia, desde o antigo reino do Sião até as monarquias atuais, com a exposição das carruagens reais, talheres reais, roupas reais usadas pelos reis ao longo dos séculos, etc. Há também a exposição de vários monumentos recuperados da antiga capital Ayutthaya, os que sobraram após a invasão e destruição dessa pelo exército birmanês.

Nossa ideia era seguir dali caminhando até o templo do grande buda em pé, mas olhamos no mapa e parecia ser um pouco longe e, como este templo é próximo de uma estação de ferrys e o ferry é tão barato, fomos de ferry. Pegamos novamente a linha laranja e descemos na estação Rama 8 Bridge.

Mais uma curiosidade: o título dos soberanos da Tailândia é rama, como Czar na Rússia, Khan para os mongóis ou César para os romanos.

Esta estação fica num bairro bem residencial, e assim pudemos ter mais um gostinho da "vida real" de Bangkok. No caminho em direção ao templo, várias tendas vendendo peixes vivos em bacias, enguias, tartarugas e arraias, bem interessante, além de flores também, milhares. Paramos então no 7eleven para fazer o nosso "almoço". Compramos uma destas bandejas de comida congelada (pra variar a Juju pegou uma super apimentada), massa com legumes e frango, esquentamos no microondas e comemos ali mesmo sentados na calçada em frente ao 7eleven, observando (e torcendo) alguns peixes tentando fugir dos baldes que havia nas tendas que mencionamos, acompanhado de uma Archer (a cerveja mais baratinha). Descobrimos então uma excelente alternativa de almoço caso nada nos apetecesse neste país. As comidinhas prontas do 7eleven são boas, não vem muito mas servem pra tapear o estomago e a quantidade de tempero também igual não permite comer muito. O preço? 30 baths (3 reais)!

O templo do buda em pé fica a 750 metros da estação, após cruzar uma avenida grande por baixo de um viaduto. Este templo possui fama por possuir o maior buda em pé do mundo (o que depois descobrimos que é mentira, o maior fica na Indonésia). Realmente é bem impressionante, majestoso, e o mais interessante é que, como fica no meio de uns prédios, você não enxerga da rua, apesar de bem alto. Foi a primeira vez que tivemos que tirar os tênis para entrar num local na Tailândia. Também foi o nosso primeiro contato com o "capitalismo budista". Apesar de ser uma filosofia de vida (já que muitos budistas não a consideram uma religião) que prega o não consumismo e o não apreço por bens materiais, tudo dentro do templo se cobra uma "contribuição voluntária", normalmente de 20 baths (2 reais). Não só neste mas em todos os templos. Se paga para acender um incenso, para fazer uma oferenda ao buda com uma flor de lótus, para pegar um papel com um mantra budista... É, acho que templo religioso é sempre igual, independente da religião e tirar dinheiro de fiéis é uma coisa universal.

Templo do Grande Buda em Pé

Também ali, mas do lado de fora, tinha um carinha vendendo uns passarinhos dentro de uma gaiolinha. Ele disse que tu tinha que comprar a gaiola com o bichinho e soltar ele ali na frente do buda pra dar boa sorte. A Juju, achando que podia comprar a liberdade de um passarinho, desembolsou os 150 baths que o vendedor cobrou e fez o "ritual". Um detalhe, não se pode ficar com a gaiola, tem que devolver pro vendedor depois, meio estranho não? Mais tarde lemos que os pássaros que estes caras vendem são treinados e voltam para a casinha depois de soltos, permitindo ao adestrador vendê-lo novamente para outro trouxa, digo, pessoa.

Juju se preparando para "libertar" os passarinhos (pelo menos puderam dar uma voltinha)

Comemos também um sorvete tailandês, esses que são febre agora no Brasil, que o cara faz com uma espátula numa lâmina gelada. Tínhamos lido num blog que o sorvete ali na frente deste templo era muito bom. E realmente é, de coco, servido dentro de um coco aberto, permitindo ainda poder raspar o resto da fruta da casca.

Dali seguimos a pé pela Krung Kasem Road, uma avenida grande cortada por um riacho, muito parecida com a Avenida Ipiranga aqui de Porto Alegre (mas sem fedor de esgoto). No caminho passamos ainda por uma feira gastronômica que estava acontecendo, tipo aquelas feiras de nações com comidas de vários lugares do mundo. Bem legal pois não tinha quase turistas, só locais e todas as banquinhas davam amostras grátis das comidas e bebidas. Depois de provarmos de tudo, numa tenda pegamos um prato com uns 5 tipos de arroz diferentes, um de cada cor, (mas com o mesmo gosto) que estavam oferecendo e sentamos pra comer junto com uns tiozinhos muito simpáticos que tentavam puxar conversa. Assim, gratuitamente, já estávamos jantados (kkkk).

Avenida Krung Kasem Road

Ainda em direção ao Templo de Mármore, passa-se por outra avenida bastante bonita, com vários "portais" com fotos dos reis e rainhas. No fim dela há o Palácio Real, um palácio estilo europeu imponente. No dia a esplanada gigante que tem em frente a ele, onde fica uma estátua do Rama IV, estava com acesso restrito, acredito que devido às homenagens ao rei. Só havia mais um monte de estudantes tirando fotos para formatura, tanto na esplanada quanto ao longo da Avenida. Mais uma caminhadinha e chegamos no templo, que como os outros também, devido ao luto pela morte do rei não estava cobrando entrada.

Palácio Real; Avenida em frente ao Palácio real com seus murais; Estudantes tirando foto para formatura


O Templo de Mármore é muito bonito, com o chão do pátio interno todo feito de mármore, além das pilastras e das paredes (dizem que o mármore foi importado da Itália lá pelos anos 800 pelo Rei Rama IV) e lá dentro uma estátua de buda dourada majestosa, onde paramos para contemplar (descansar) um pouco.

Pátio interno do Templo de Mármore (a Juju botou uma camiseta por cima para cobrir os braços para poder entrar no templo)


Ainda no pátio interno, costeando o muro, há a exposição de 50 estátuas de budas. Todos eles possuíam uma placa embaixo com o nome e o que significava, o que deu pra aprender um pouco sobre o porque das posições de cada estátua (buda da flor de lótus, buda da mão na terra, buda indonésia, buda japonês, etc).

Pátio dos 50 budas

O lugar também conta com a presença massiva de gatos, devem ser todos budistas (dã).

Fotinho de Instagram

Na parte externa funciona também um convento onde moram os monges, numa área de jardins bastante bem cuidado com passagens de córregos e pontes, muito bonito e agradável.

Parte interna do templo com seus murais belíssimos contando a história de Buda e parte externa com jardim, lagos e pontes


Quase no fim da tarde, começamos nosso retorno para o hostel. Essa parte da cidade não fica perto de nenhuma estação de metrô, sendo assim, quando fiz o roteiro pesquisei que numa rua paralela podia-se pegar um ônibus em direção à Estação de trem. No caminho até a tal rua passamos ainda na frente do estádio de Muay Thai que iríamos assistir a luta à noite. Infelizmente, como já mencionado, as lutas foram suspensas durante este mês, mas tiramos uma foto em frente ao estádio para prestar homenagem ao nosso rei (há uma foto gigante do rei na frente do ginásio).

Estádio Rajadamnern

Chegamos na rua que o Google Maps havia indicado e não havia nenhuma parada de ônibus. Encontramos uma só uma quadra depois. Havia uma senhorinha na parada e decidimos perguntar para ela se o tal ônibus passava ali. Achando que uma senhorinha idosa não deveria saber falar inglês, colocamos a frase no google tradutor e depois de um Sawadii Ka (que significa Oi e agora você já sabe 3 palavras em tailandês), mostramos a tela do celular para ela. E não é que ela nos responde em inglês? Bangkok é muito turística, realmente é muito difícil um morador não saber falar inglês. Muito simpática, ela disse que sim, que o ônibus passava ali e antes que ela terminasse de falar passou o dito cujo e o pegamos. Os ônibus na Tailândia são uns caco velho horrorosos, e você paga dentro do ônibus pruma cobradora que fica passando de banco em banco. O preço? 11 baths (1,1 real)!

Nóis no busão!

Quando avistamos a Estação de trem Hua Lamphong descemos e foi aí que presenciamos uma das coisas mais impressionantes de toda a viagem. Já havíamos lido que não sei quantas vezes por dia, auto-falantes espalhados pela cidade tocavam a "música do rei", tipo um hino orquestrado e todos na rua paravam para demonstrar o seu respeito, mas achávamos que era uma coisa simples, que rolava meio discretamente. Foi aí que, descendo do ônibus, começou a tocar a tal música, virei pra Juju pra questionar o que estava acontecendo e quando olho de novo para a rua, TODOS pedestres estavam parados, eretos, tipo estátua, parecia um Flash Mob, ainda mais que estávamos num lugar com bastante movimento, todos pararam de fazer o que estavam fazendo para ficar ouvindo a tal música do rei. Foi uma experiência indescritível, um fenômeno sem explicação, ainda mais que tava todo mundo andando de preto naqueles dias.

Estação de Trem Hua Lamphong à noite

Maravilhados, voltamos pro hostel já a noite. Antes porém, fomos procurar para fazer mais uma Foot Massage, o que não foi difícil encontrar pois as casas de massagem tailandesa só perdem para o 7eleven em questão de quantidade por metro quadrado. Depois de mais uma massagem revigorante, compramos umas cervejas Archer e ficamos pela área comum do hostel mesmo, passando as fotos para o Google Drive no computador que tinha disponível ali para os hóspedes.

Tomando uma Archer tranquilão para terminar o dia


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