A Juju acordou cedo e foi tomar café da manhã no hostel. O hostel não possuía café, mas você podia pedir na portaria e eles traziam, fornecido pelo restaurante ao lado, tipo pão com manteiga, ovos e um suco "natural". Eu, me recuperando da vomitança do dia anterior, só fui acordar lá pelas 10h, bem capenga e morrendo de medo de vomitar novamente. Com o meu corpo em frangalhos, partimos em direção ao mercado Chatuchak, o maior mercado de rua da Tailândia e um dos maiores do mundo.
O Mercado Chatuchak é o maior mercado de rua da Tailândia e um dos maiores do mundo. Ele funciona somente aos sábados e domingos e possui mais de 15.000 barracas e mais de 200.000 pessoas o visitam todo o dia.
Pegamos o metrô na estação Hua Lamphong e descemos na estação Chatuchak, sem necessidade de baldeação. Entre a estação e o mercado ainda se passa dentro de um parque muito bonito, de mesmo nome do mercado, Chatuchak.
O mercado é um camelô gigante, bem o que se imagina quando se pensa em Tailândia e sudeste asiático, com os mais variados produtos: roupas, comidas, bebidas, massagens (dos mais variados tipos), eletrodomésticos, enfim, de tudo (tudo de procedência duvidosa, é claro, mas as falsificações muito melhores que as encontradas aqui no Brasil).
Demos uma volta rápida e fomos procurar um lugar para almoçar. Como eu estava com receio de comer qualquer coisa por causa da noite passada, procuramos uma comida mais "ortodoxa" e encontramos um food truck com pizza num lugar um pouco mais afastado do mercado. Na época food trucks não eram moda ainda, pelo menos aqui em Porto Alegre, e comemos aquilo com um certo ar de estar fazendo uma coisa nova (hehehe).
Nosso almoço
Com a comida não causando nenhum efeito indesejado, partimos então para conhecer a fundo o mercadão. Entre uma Chang e outra (para isso não tem dor de barriga né), entramos em milhares de vendas e começamos a prática daquilo que já tínhamos lido que é um esporte no sudeste asiático: a pechincha! Nada nunca tem preço, você paga o que seu poder de barganha permite, inclusive os vendedores se ofendem se você aceitar o primeiro preço oferecido. No começo é divertido, você interage, se diverte, mas lá pelo fim da viagem, quando você já está cansado, você acaba pensando duas vezes quando se lembra que para comprar um simples chaveiro vai ter que desenvolver todo um diálogo...
Também aproveitamos para provar coisas exóticas, como o café gelado tailandês que tínhamos lido ser uma delícia (pura mentira, é horrível) e os milhares de sucos que eles fazem na hora: de romã, dragon fruit, maracujá, morango, etc (esses sim, uma delícia).
A cara da Juju de faceira tomando o café dos diabo e a minha cara de feliz com os milhares de sucos deliciosos para escolher
Também há o famoso Durian, fruta típica dessa região da Ásia, que parece uma jaca e é caracterizada por ser muito fedorenta, a ponto de ser proibida de se comer em lugares públicos em diversos países. Essa provamos uma amostra grátis só e não nos pareceu nada demais, lembrando muito o gosto da nossa fruta do conde.
Depois de caminhar bastante, fomos experimentar nossa primeira foot massage, a massagem tailandesa tradicional, mas só para os pés, já que era a mais barata (150 baths) e: nos apaixonamos! Nem parecia que tínhamos caminhado o dia inteiro, o negócio é mágico, estávamos prontos para andar tudo novamente dentro do mercado. Ficamos pensando como faz falta hoje essa massagem nas nossas viagens quando andamos feito uns condenados.
Parando para tomar mais uma Chang, pudemos observar mais uma coisa interessante. A quantidade de homens ocidentais com parceiras tailandesas. O motivo não nos interessa, mas o que nossa mente maldosa pensava era: "é uma boa ideia para conseguir visto para morar na Tailândia hein?"
Ainda antes de voltar, como costume que tenho e acredito que a única coisa consumista que faço que é colecionar camisas de futebol dos lugares aonde passo, adquiri uma camisa da seleção tailandesa de futebol, depois de pechinchar bastante é claro, de um tiozinho machista que ficava falando mal da mulher dele (que segundo ele era a dona) em inglês só porque ela não entendia.
Já noite, voltamos para o hostel alimentados, com os pés descansados, com algumas camisetinhas novas, vários potes de tiger bond (uma pomada tipo vick varup que também serve para dor muscular, a mais famosa da Tailândia) e felizes por toda a interação e observação com os locais nesse mercado gigante e muito doido.
Ah! Ainda demos uma volta novamente na China Town e experimentamos a fish massage, massagem também tradicional onde você enfia os pés num aquário e os peixes literalmente ficam "comendo" seus pés. No começo é muito esquisito mas depois é relaxante, vale muito a pena!
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