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Foto do escritorAriel Farias

ÁFRICA DO SUL 2º Dia - Kruger Park! (15/11/2017)

O Parque Nacional Kruger é a maior reserva de animais da África do Sul e um dos maiores santuários da fauna selvagem do mundo. Com cerca de 20.000 quilômetros quadrados, é uma área realmente gigantesca, do tamanho de países como Israel e Eslovênia, contando com 350 km de norte a sul e 60km de leste a oeste. Se localiza no nordeste do país, na fronteira com Moçambique e Zimbabwe onde, juntamente com os parques do Limpopo e Gonarezhou, que ficam nestes outros dois países, formam o gigantesco parque transfonteiriço do Grande Limpopo.

Nomeado em homenagem ao presidente do país entre 1883 a 1900, Paul Kruger, ele é considerado um dos melhores lugares do mundo para se realizar a prática de safári pois conta com uma infinidade de animais selvagens e entre eles os cinco grandes da África, popularmente conhecidos como "Big Five": Leão, Búfalo, Elefante, Leopardo e Rinoceronte.

Outra expressão bem conhecida neste meio dos safaris é a "game", que seria meio que uma referência aos animais avistados durante o safari. O "game drive" seria tipo a atividade de dirigir e ir "caçando" os animais no parque. Para os amantes e praticantes do "game drive", visualizar os big five durante a passagem pelo parque é o objetivo maior sempre, como se a visita não ficasse completa sem este momento.

Dito isso, ir na África do Sul e não conhecer o Kruger é como ir no Rio de Janeiro uma única vez e não conhecer o Cristo. Parada obrigatória no país, nosso objetivo era chegar bem cedo lá, junto com a abertura dos portões, próximo das 6h da manhã. Aproveitar a manhã inteira antes do check in às 14h na nossa acomodação para explorar o parque e sem pagar nenhuma taxa a mais!

O parque funciona da seguinte forma: se paga uma taxa diária de conservação. Porém, para quem pernoita dentro do parque, a taxa é calculada pelo número de diárias que a pessoa pagou, ou seja, se a pessoa ficou apenas uma noite no parque, pagará apenas um dia de taxa de preservação, podendo entrar no parque no primeiro dia a partir das 6h da manhã e, no outro dia fazer check out e ficar dentro do parque passeando até às 17h da tarde.

Nós por exemplo, reservamos 2 noites no parque, com check in no dia 15 e saída no dia 17, pagando somente duas diárias de taxa de preservação (que na época custava 328 Rands, aproximadamente 82 reais por dia e por pessoa) mas podendo ficar dentro do parque todos os 3 dias inteiros (15, 16 e 17).

O Kruger Park é administrado por uma empresa pública nacional de preservação ambiental, denominada South African Parks, ou Sanparks. Além do Kruger esta empresa é responsável pela administração de outras dezenas de parques e áreas de preservação do país, entre estes a Table Mountain, Cape Agulhas e os parques ao longo da Garden Route, só pra citar os que conhecemos nessa viagem. E pode se dizer que fazem um excelente trabalho (pro delírio dos neoliberais fanáticos por privatizações). Todos os locais que visitamos sob a administração do San Parks eram muito organizados, limpos e com um atendimento impecável. Inclusive compramos o ingresso para o parque e as acomodações no próprio site oficial do Sanparks, pagando no cartão de crédito, de forma muito prática e fácil pra quem sabe um pouquinho de inglês. E o melhor, sem nenhuma taxa a mais que alguma outra agência poderia cobrar (só o IOF desgraçado do cartão de crédito, mas daí não tem como fugir). E comprar o ingresso e acomodação com antecedência de meses é extremamente necessário, visto se tratar de um dos mais famosos parques do mundo e em praticamente todo o ano ser alta temporada por lá.

Talvez isso também (ser administrado por uma empresa pública) faça do Kruger o destino de safari mais "democrático" de todo o continente, com acomodações com preços para todos os gostos, bem diferente da grande maioria dos safaris pela África, que são inacessíveis para viajantes de baixo orçamento.

O Kruger conta desde com acampamentos simples a acomodações de luxo (os chamados "lodges"), espalhados por diversos cantos do parque. Uns bem distante uns dos outros podendo chegar a mais de duas horas de distância de carro. Entre estes, o mais conhecido e popular é o Skukuza Restcamp, bem próximo ao portão Kruger Gate e um dos poucos que além das acomodações tradicionais possui espaço para armar a própria barraca. Também é um dos únicos que possuem posto de gasolina, restaurante, supermercado e duas piscinas!

E foi justamente este que escolhemos para passar duas noites no parque, principalmente pela questão logística de possuir um supermercado dentro do acampamento, essencial para "viajantes econômicos" como nós. Além disso, dizem que o Skukuza se localiza num ponto privilegiado do parque, onde mais fácil seria de avistar animais selvagens, incluindo os Big Five.

Dentro do Skukuza, como não tínhamos como levar barraca e equipamentos de camping nas nossas mochilinhas, optamos pela segunda opção de hospedagem mais em conta que são as "Safari Tents", tendas tipo aquelas de exército montadas com cama e até frigobar! Mas o local para fazer comida e banheiros é coletivo, juntamente com quem fica acampado de barraca. A outra opção de menor valor depois dessa são os bungalows: simpáticas cabaninhas em formato de cone com espaço próprio para cozinhar e banheiro, mas daí pelo dobro do preço das Safari Tents. Reservamos também para este primeiro dia um safari guiado no por-do-sol: o "sunset game drive", para ver como é a experiência de fazer um safari "profissional", naqueles carros 4x4 abertos e altos. Estes passeios variam de acampamento para acampamento, sendo os do Skukuza normalmente os mais em conta.

Voltando então ao nosso dia, até que acordamos cedo para ir em direção ao parque, o problema é que a única staff do hostel estava atendendo um pessoal e tivemos que aguardar, tomando um chá de banco. O bom é que deu pra desbravar mais um pouco a pousada, algumas outras áreas comuns bem legais.

Aproveitando o chá de banco para aproveitar mais um pouco a pousada


Depois de meia hora e feito o check out, fomos então em busca do supermercado mais próximo no GPS para comprar algumas coisas para comer. Como dito anteriormente, na África do Sul todos os supermercados são enormes, e ficamos impressionados com o tamanho e a variedade de produtos do Pic n Pay que entramos.

Supermercados na África do Sul são gigantes!

Outra coisa que nos chamou a atenção é que, tirando vinhos, nenhum supermercado vende bebidas alcóolicas. Todas as bebidas são vendidas sempre em uma loja à parte, que fica normalmente em frente ao até dentro do supermercado, as "Liquor Stores", uma coisa bem americanizada do país.

Como é proibido levar comida e bebida pra dentro parque (e eles revistam o carro mesmo, inclusive porta malas), nos concentramos em comprar alguma coisa para fazer nosso café da manhã. Compramos então uns sanduíches e uns iogurtes e fizemos nosso desjejum sentados na calçada do estacionamento do supermercado mesmo. Enchemos o tanque do carro para não correr o risco de que lá dentro a gasolina fosse muito mais cara do que na estrada e seguimos viagem.

Próximo ao Kruger, a paisagem vai ficando mais bonita


De Neilspruit, 67 km depois, chegamos ao portão mais próximo do Kruger Park, o Malelane Gate. É no próprio portão que fazem a revista no carro e já se "acerta" toda a questão da entrada no parque e a hospedagem, inclusive o check in no acampamento, restando somente lá na recepção do Skukuza retirar a chave da cabana. Tudo muito prático e organizado.

Portão de entrada Malelane Gate

A partir dali, atravessando o "Krokodile River" (que infelizmente estava bem seco nesta época e não conseguimos ver nenhum crocodilo), começa então o safári no Kruger Park! Aqueles cenários típicos de savana quando se pensa em um safári na África, mas infinitamente mais espetacular do que se assistindo no National Geographic hehehehe.

Krokodile River


A partir dali também, a velocidade máxima permitida é de 50km/h, obviamente para que não ocorra nenhum acidente com os animais. E essa velocidade é bem controlada mesmo, já que o parque conta com sensores de velocidade em cada canto, alguns muitos bem camuflados no meio dos arbustos, quase imperceptíveis. Tomar uma multa por lá é bem comum, tem que se cuidar bastante. Com isso também, cobrir grandes distâncias dentro do parque num único dia fica totalmente inviável. Para se ter uma ideia, deste portão que fica no extremo sul do parque até o Skukuza, que fica só um pouco mais ao norte, são duas horas de distância nessa velocidade. Percorrer todo o parque então, deve levar no mínimo um mês de visita. As estradas principais dentro do Kruger são todas asfaltadas, e as secundárias são estradas de terra, mas super tranquilas para rodar com um carrinho 1.0.

E se tínhamos algum receio de que fosse muito difícil enxergar algum animal dentro do parque, uns poucos metros rodados, esse receio já foi por água abaixo. Confesso que, tirando na infância, naquela fase que toda criança tem de ficar fascinada por animais, nunca foi um "sonho" meu fazer um safari, mas quando tu avista o primeiro animal selvagem solto andando do lado do carro, no seu habitat natural, é uma coisa inesquecível, não tem como não se emocionar! E os primeiros que vimos, cruzando nosso caminho foram justamente os elefantes, um dos mais simpáticos dos Big Five.

Família de elefantes na entrada do parque


No começo e, inexperientes que somos, os 50km/h do limite máximo ficam longe de serem alcançados, já que se roda bem devagarinho para curtir bem o passeio, e toda hora qualquer balanço num galho ou pedra um pouco mais diferente já parávamos para ver se era algum animal. O segundo bicho que vimos foram os impalas, o que mais tarde saberíamos que é o animal que mais se enxerga no parque, chega uma hora até que perde a graça hehehe.

Impalas estão por toda parte!


É certo que há um animal por perto quando se avista vários carros parados num mesmo local. É certeza que foi visualizado algum animal por ali. Ainda mais se um dos carros é um dos 4x4 que realizam os game drives do próprio parque, já que eles são especialistas em avistar os animais.

Seguindo mais adiante, a primeira parada "forçada" (algo que acontece com frequência): uma manada de elefantes atravessando a pista, inclusive com uns bebezinhos muito bonitinhos. Passaram no meio dos carros que estavam parados em frente, bem tranquilões.

Família elefante atravessando!


Mais adiante, vimos uma hiena tomando banho num açude artificial e, bem no meu lado do carro, um leopardo, bem na beirinha da estrada! Só que esse infelizmente se assustou antes que eu conseguisse avisar a Juju, subiu numa árvore e não consegui mais vê-lo.

Hiena bem bela tomando um banhinho

Chegando perto do acampamento, avistamos uma das áreas em que é permitido descer do carro (por sua conta e risco é claro), em cima de uma pequena colina, e fomos conferir. Esse paradouro possui uma vista fantástica do parque, com vários pássaros e também permite visualizar de longe mais alguns vários animais. Como é bem próximo do Skukuza, ficamos de voltar lá no outro dia para acompanhar o nascer do sol.

Paradouro em cima de uma colina onde é permitido descer do carro


Além deste paradouro, existem alguns "Picnic sites", espalhados pelo parque fora dos acampamentos: locais onde é permitido descer do carro e contam com uma estrutura como mesas para lanchar e banheiros. Quão seguros eles são não sei dizer, pois não possuem cercas nem nada que os separe dos animais.

Mais uns quilômetros adiante, chegamos finalmente no Skukuza, eufóricos pelo passeio e ansiosos para conhecer a área de camping. Somente essa manhã rodando no parque já valeu muito a pena! Realmente um safári no Kruger é uma experiência inesquecível que todos deveriam experimentar.

Entrada do Skukuza

Chegando no camping, estacionamos o carro no estacionamento da recepção e fomos verificar no suntuoso prédio da recepção se de repente já poderíamos pegar a chave da nossa cabana antes do horário do check in.

Prédio da recepção do Skukuza Camp (dizem que esses três velhos brancos colonizadores são os fundadores do Kruger)


Como não nos deixaram, sob a alegação que ainda estavam limpando e arrumando a cabana, fomos dar uma volta a pé dentro do camping, que é bem grande e muito bem estruturado, sendo ele uma atração por si só, com vários caminhos só para pedestres muito bem sinalizados. Além de ruas para todos os cantos, todas asfaltadas.

Toda a área do camping é muito bem estruturada


Fomos caminhando em direção a área onde fica o restaurante, a lanchonete e o supermercado, todos próximos uns dos outros mas a uma boa pernada da entrada. Primeiro fomos dar uma conferida no mais importante: o supermercado. Havíamos lido que os preços do supermercado dentro do Kruger eram os mesmos dos supermercados regulares do país, mas nós achamos tudo muito mais caro que o supermercado que havíamos visitado em Neilspruit no começo do dia. Depois nós descobrimos que os preços do Kruger são "normais" sim, Neilspruit é que é uma cidade bem mais barata que o resto do país. O supermercado dentro do Skukuza parece mais uma loja turística, metade dele vende só souvenires e a outra possui poucas opções de comida mesmo. Ah, e ao lado dele a Liquor Store vendendo bebidas alcóolicas (essas estavam com um preço bom).

Depois seguimos para a área onde fica o restaurante e a lanchonete. Estes ficam num lugar muito agradável, nas margens do Sabie River, com mesinhas e cadeiras na parte externa que dizem que dá pra lanchar e observar os vários animais que passam por ali para beber água (infelizmente não vimos nenhum).

Restaurante e lanchonete fica bem nas margens do Sabie River

Como faltava ainda um tempinho para o check in, resolvemos almoçar por ali mesmo. O restaurante não tem preços muito amigáveis, mas a lanchonete que fica junto dá pra encarar. Experimentamos então os primeiros pratos típicos sul africanos. Eu comi um pap, a comida mais popular não só da África do Sul, mas de toda a África subsaariana (faz-se a comparação que o pap seria o arroz deles): uma massa batida de farinha de milho grossa, bem diferente das nossas, servido normalmente junto com um molho e um refogado de carne. Normalmente come-se ele com a mão, sendo ele utilizado como "colher", fazendo-se bolinhas de pap, molhando ele no molho e juntando uns pedaços de carne. Achei bem sem gosto de nada, mais para ajudar a estufar mesmo e dar aquela energia. Já a Juju pediu um cachorro quente de Boerewors, a linguiça típica dos brancos africâneres. Essa comida, como se percebe pelo nome, é herança dos bôeres, os colonizadores holandeses no país que hoje são conhecidos como os Africâneres, e é bem gostosa, feita com bastante carne dentro da linguiça.

Apesar de não passar nenhum animal para observarmos no rio durante o almoço, em compensação, tem sempre bastante companhia louca para roubar tua comida nas mesas na beira do rio: os macaquinhos!

Tem que ficar muito esperto com a comida por aqui


Chegada às 14 horas, horário do check in, pegamos a chave na recepção e finalmente fomos conhecer nossa tenda onde passaríamos as próximas duas noites.

Nas fotos na internet já tínhamos achado as Safari Tents bem legais, mas ao vivo é ainda melhor, bem grande e com direito a geladeira equipada (com consumo cobrado à parte, é claro), ventilador, copos e amenidades para banho como shampoo e sabonete. Cabe até quatro pessoas mas o valor da hospedagem é para duas, tendo que pagar um extra por cada pessoa a mais. Pagamos na época 1.216 Rands o total para as duas noites.

Safari Tents do Skukuza (na porta um aviso para não deixar comida do lado de fora por causa dos babuínos)


A área de camping onde fica a cabana, conta com cozinha e banheiros compartilhados muito limpos e organizados, com chuveiro excelente, embora digam que tenha sempre que se tomar cuidado para não topar com um macaco ou algum escorpião pelo banheiro (inclusive há avisos por todos os lados pedindo para tomar cuidado com os babuínos e outros animais, não deixar comida na parte externa, etc). Por ali também ficam vários trailers e motor homes acampados, alguns superequipados, com cara de que os donos devem ficar meses por lá (que inveja!).

Ah! Uma coisa muito importante que nós ainda não tínhamos comentado: O padrão das tomadas da África do Sul são diferentes de tudo que já se viu, não sendo compatível com nenhum adaptador universal. Sendo obrigatório comprar um adaptador enquanto estiver no país. Havíamos visto um adaptador bem baratinho no supermercado em Neilspruit mas não compramos achando que não iríamos precisar... Acabamos tendo que comprar um dentro do supermercado do Kruger, pelo triplo do preço.

Bizarro padrão das tomadas sul africanas


Como o sunset game drive que havíamos marcado era somente às 16h30, fomos dar mais uma volta de carro pelo parque ver se avistávamos mais algum animal antes do passeio. Conseguimos avistar um grupo de zebras e uma simpática galinha d'angola atravessando a rua, bem legal!

Zebras e a simpática galinha d'angola


Um pouco antes das 16h se dirigimos então à recepção onde era o ponto de encontro para fazer o passeio. Dentre os passeios oferecidos no Skukuza, os mais procurados são o sunset game drive e o morning walk. Este último é um passeio a pé que se faz no meio da savana bem cedo na manhã. Optamos por fazer o sunset game drive, primeiro para o caso de que sozinhos não conseguíssemos ver nenhum animal (o que é praticamente impossível), e segundo para ter a experiência de fazer um safari "de verdade", já que além do carro 4x4 aberto e alto, vamos junto com os guardas-florestais, conhecidos como "rangers", que são especialistas em avistar animais e ainda contam com rádio comunicador para se comunicarem entre eles, avisando os outros rangers caso avistem algum animal. Ah, eles andam também com um rifle, o que é bom caso algum leão ou elefante decida que somos seus inimigos hehehehe.

Também dizem que o melhor horário para se encontrar os animais é justamente no nascer do sol ou no pôr-do-sol, embora isso seja muito relativo. O certo é que, como os portões de todos os campings fecham às 18h30 e é proibido dirigir sozinho após esse horário visto que à noite a selva é muito perigosa, somente é possível ver o pôr-do-sol e um pouco da noite rodando no parque através dos passeios.

Chegado o 4x4, fomos logo subindo para sentar bem atrás no carro, achando que seria o melhor local para conseguir ver bem tudo, algo que depois se arrependemos pois é o lugar que mais sacoleja e, quase no fim do passeio quando começou uma chuvarada, foi o pior lugar para ficar.

Começando o game drive


Junto com a gente, vários turistas, a maioria europeus, todos muito bem equipados com câmeras gigantes profissionais e binóculos idem, e nós só com nossa camerazinha do celular hehehe. Como já mencionado, com os rangers, é garantido que tu vai ver algum bicho, toda hora os diversos carros se comunicam entre si e indicam onde estão os animais, já de primeira paramos para deixar um cão selvagem africano passar. De selvagem aquele vira-lata não tinha nada, passou bem à vontade no meio dos carros e ainda depois, já na grama, ficou se exibindo todo pros turistas de barriga pra cima.

Cão selvagem africano. Nas últimas fotos ele se roçando na grama, parece que querendo se exibir pros turistas


Logo mais já foi informado que havia leopardos tomando água no açude artificial onde na manhã tínhamos avistado a hiena tomando banho, então seguimos para lá e lá estavam os bichinhos, bem faceiros tomando água. Para não espantá-los, tivemos que ficar bem de longe observando.

Leopardos bem de longe


O bom é que nossos colegas de passeio eram muito gente boa. Vendo que não tínhamos binóculos, vários vieram nos emprestar os seus para a gente olhar melhor, sem nem pedirmos nem nada!

Leopardo de pertinho


Depois seguimos para um lago grande, na tentativa de avistar uns Hipopótamos e o por-do-sol. Ficamos lá um tempo e um pessoal disse que conseguiu ver alguns Hipopótamos bem de longe, mas como era muito afastado, até de binóculos, ficamos na dúvida se não eram na realidade umas pedras no meio do lago hehehe. Já o por-do-sol, o tempo começou a nublar e esse ficamos sem.

Chegando à noite, o carro começa a rodar no breu total. Para não afugentar os animais, não são ligados os faróis deixando uma atmosfera bem assustadora no meio daquela mata (muito legal).

Rodando no puro breu

Apenas quando os rangers avistam os animais, daí sim ligam sua lanterna para que possamos enxergá-los. Do nada uma hora o carro parou e quando vê, uma família de rinocerontes! Em um dia no Kruger então já havíamos visto 3 dos big five! Pena que com nossa câmera, sem luz natural, as fotos ficam bastante prejudicadas.

Tá difícil de enxergar mas são rinocerontes


Depois de avistar mais alguns animais, entre eles uma hiena bem simpática e já retornando em direção ao Skukuza, um dos momentos mais legais do passeio: uma girafa correndo na nossa frente no meio da estrada. No escuro, nem deu pra ver de onde ela saiu.

Girafinha. Para mim um dos animais mais bonitos


Faltando ainda uma meia-hora para chegarmos, do nada então começou uma tempestade violenta que obrigou o nosso motora a encerrar o passeio um pouco antes (uns 10 minutos antes). Mesmo tendo baixado uma lona na parte de trás do carro que teoricamente nos protegeria da chuva, ainda assim entrava muita água no 4x4. Sentado na parte bem de trás ainda, peguei chuva nas costas o caminho inteiro. Com o frio que começou depois que baixou o sol e eu só de camisetinha todo ensopado, foi bem sofrido o trajeto. Chegou uma hora que pensei que ia ter uma hipotermia e já fiquei imaginando pegar um resfriado e estragar alguns dias de viagem. Fica aí a dica: levar sempre casaco para o game drive, de preferência impermeável. Quando chegamos ao acampamento, foi um alívio tremendo, só que, ao invés de ir correndo para nossa cabana se secar, como não tínhamos comprado nada para comer à noite, tivemos que correr para pegar o supermercado aberto, que não fica exatamente perto da recepção onde o carro nos deixou não. Mas conseguimos chegar no supermercado antes das 19h, horário em que ele fecha, comprar algo para comer a noite e umas cervejinhas claro hehe.

Agora sim, finalmente de volta à cabana, tomamos um banho quente nos ótimos banheiros do acampamento e já estávamos novinhos em folha. Como a chuva não deu trégua a noite toda, ficamos trancados dentro da nossa cabana até o outro dia.

Ah! Existem milhares de aplicativos para celular do Kruger Park, dos mais variados tipos e objetivos. Tem uns que tu marca pontos cada bicho que tu vê e pode competir com outros usuários inclusive. A gente baixou alguns e são bem bons, principalmente pelas várias informações e curiosidades dos animais e do parque, valem muito a pena, recomendamos!

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